segunda-feira, 1 de outubro de 2007

IVG no centro de saúde de Viana do Castelo

Para algumas coisas o dinheiro falta, mas para outras o dinheiro tem que haver. Está certo que no caso do IVG, a designação suave para aborto, existem tempos curtos a cumprir, mas também noutras coisas.

No caso da IVG por meio químico, houve dinheiro para contratar, ou para desviar recursos, quer humanos quer materiais, para esta prática, tal como se pode ler no texto "devendo a equipa que assegurará a valência do Centro de Saúde de Viana do Castelo ser constituída por oito elementos, entre os quais se contam dois médicos e dois enfermeiros, além de igual número de assistentes sociais." Além disso, foram contratados 2 médicos tarefeiros para realizar o aborto no hospital de Viana.

Lanço várias questões: há dinheiro para contratar médicos para esta prática e não há dinheiro para outras deficiências que existem no SNS, como as longas listas de espera, os enfermeiros que são necessários mas são despedidos?
E esta prática é gratuita para a utente, que a faz, inevitavelmente, porque quer, quando outros terão que pagar para fazer consultas, exames ou até para estar internado numa cama de um hospital durante menos de 10 dias, situação que é, na maior parte dos casos, indesejada.

Onde está a justiça disto?