segunda-feira, 1 de outubro de 2007

IVG no centro de saúde de Viana do Castelo

Para algumas coisas o dinheiro falta, mas para outras o dinheiro tem que haver. Está certo que no caso do IVG, a designação suave para aborto, existem tempos curtos a cumprir, mas também noutras coisas.

No caso da IVG por meio químico, houve dinheiro para contratar, ou para desviar recursos, quer humanos quer materiais, para esta prática, tal como se pode ler no texto "devendo a equipa que assegurará a valência do Centro de Saúde de Viana do Castelo ser constituída por oito elementos, entre os quais se contam dois médicos e dois enfermeiros, além de igual número de assistentes sociais." Além disso, foram contratados 2 médicos tarefeiros para realizar o aborto no hospital de Viana.

Lanço várias questões: há dinheiro para contratar médicos para esta prática e não há dinheiro para outras deficiências que existem no SNS, como as longas listas de espera, os enfermeiros que são necessários mas são despedidos?
E esta prática é gratuita para a utente, que a faz, inevitavelmente, porque quer, quando outros terão que pagar para fazer consultas, exames ou até para estar internado numa cama de um hospital durante menos de 10 dias, situação que é, na maior parte dos casos, indesejada.

Onde está a justiça disto?

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Venceu o SIM

É com muita pena minha que o SIM venceu.

As projecções dos 3 canais foram quase todas iguais, com valores de vitória do SIM com valores entre os 57 e os 61% quase comuns aos 3 canais. Os resultados que já estão totalmente contados confirmaram estes valores tendo 59,25% dos eleitores votado no SIM. 56,39% abstiveram-se.

Tenho pena que tenha sido este o resultado, pelas consequências na sociedade que o resultado coloca.

Neste momento o que importa é mostrar que a lei que vai sair deve reflectir 3 coisas: a vitória do sim, os votantes no não que foram poucos e a abstenção que não torna o referendo vinculativo.

No que toca à vitória do sim, apesar de ser forte (cerca de 20% de vantagem, com 60%) e não ser vinculativa, é preciso respeitar, tal como aconteceu há 9 anos, em 1998.
No entanto é preciso respeitar os cerca de 40% de votantes que disseram não à pergunta, procurando criar uma lei que pense nestes cidadãos.

A lei que deve ser criada deve procurar que, conjuntamente com a sua regulamentação, o aborto não seja incentivado, colocando à mulher que quer abortar outras opções para a sua gravidez, ajuda económica, profissional e social, procurando que a escolha que a mulher faça seja o mais pensada possível, incluindo um período de reflexão alargado, após saber as suas alternativas.
Isto vai de encontro com aquilo que a quase unanimidade da população, mesmo os apoiantes do sim, pretende no que toca à raridade do aborto, porque afirmaram que são contra a prática do aborto.

A questão das clínicas privadas também é muito interessante. Será que estas, nomeadamente aquelas que farão do aborto a sua prática exclusiva, vão incentivar a mulher a escolher outra opção? Não me parece que o façam com toda a veemência que o farão os institutos públicos. E será muito importante acompanhar o seu funcionamento à luz da lei que for aprovada.

Outra questão interessante é a do financiamento da prática do aborto, nomeadamente dentro do SNS. Na plataforma do não foi referido que o estado devia financiar a prática do aborto com um valor igual àquele que o estado apoia o nascimento. Era uma boa medida.
Ainda dentro do SNS. Será que este vai agora conseguir organizar-se por forma a criar às mulheres todas as condições para fazer o aborto? E as maternidades que fecharam? E os serviços de urgência que fecharam? As condições vão ter que ser criadas, mas não sei se alguma coisa vai sofrer por tabela.

A plataforma do não afirmou que esta questão não fica fechada. Eu digo que, apesar de não ser contra a minha vontade, devemos deixar esta questão como ficou, já que foram realizados 2 referendos, tendo o mais participado e recente decidido o aborto livre até às 10 semanas. Daqui a algumas décadas poderemos voltar à questão, como me parece que pode vir a acontecer, mas deveremos andar a perguntar até que seja vinculativo, ou apenas porque não gostámos da resposta. Apesar de tudo é preciso respeitar a resposta dos portugueses. Quando a sociedade mostrar que não está de acordo com a situação que agora ficou decidida, deve ser em referendo que se deverá mudar a lei.

Espero que o bom senso impere, na busca de uma lei respeitadora e impulsionadora da vida.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Soluções do NÃO

Já leste bem a pergunta que vai a referendo?

Um vídeo vale mais que muitas palavras...

Votar não (2)

Panfleto com razões para votar não: lei actual permite certas situações e o sim eliminar o aborto clandestino

Votar não, porque a actual lei não penaliza o aborto se este ocorrer:
- até às 12 semanas se existir perigo para a saúde física e psíquica da mulher;
- até às 16 semanas em caso de violação ou em caso de a mãe e o pai terem menos de 16 anos de idade;
- até às 24 semanas se houver previsão de o nascituro vir a sofrer, de forma incurável, de doença grave ou malformação congénita;
- até ao final da gravidez em casos de fetos inviáveis ou de perigo de morte ou grave lesão para a saúde física e psíquica da mãe.

Se acha que estas são razões bastantes para aceitar o aborto, porquê aceitar o aborto livre até às 10 semanas (cerca de 2 meses e meio, ou seja, quase um terço da gravidez).

Votar não porque a liberalização não resolve o problema do aborto clandestino.


Panfleto com razões para votar não: defender a mulher de abortos sob coação e despenalizar o aborto leva à aceitação e crescimento deste
Votar não porque a mulher torna-se o "elo mais fraco", já que, sendo o aborto ilegal, ela pode defender-se ao dizer que não quer praticar uma ilegalidade, enquanto que se este se tornar despenalizado, quando coagida a abortar (o que acontece em 64% dos casos), a mulher fica protegida.

Votar não porque a liberalização leva à desresponsabilização e ao aumento do aborto. O legal cresceu ao longo dos anos em vários países da Europa (200% ou mais em vários casos), enquanto que o ilegal se manteve.
Segundo estudos realizados nos Estados Unidos (confirmados por estudos realizados na Itália e na França) 70% das mulheres não fariam o aborto se este fosse ilegal, o que mostra que tornam o aborto mais aceite pela sociedade.
Na Suécia, EUA, Canadá e Austrália 1 em cada 4 gravidezes terminam em aborto, enquanto que no Reino Unido, na Dinamarca, na França, na Noruega e na Itália são 1 em cada 5.
A liberalização do aborto é a forma de contribuir para que o estado se demita da responsabilidade de tomar medidas no combate às verdadeiras causas do aborto. Se o estado quiser, soluciona o problema: apoiar as mulheres em situação difícil, ajudando-as a ser transmissoras do dom da vida!

Dia 11 vote

Faça chuva ou faça Sol, vote sim ou vote não...

dia 11 vá votar!

Porque a decisão cabe a si e não "ao outro".

Votar não

O voto no não é um voto pela vida, a do feto em particular, mas também da mãe.
O voto no não é um voto pela responsabilidade dos actos, sexuais ou em sua sequência.
O voto no não é acreditar que há outra solução para uma gravidez indesejada além da "opção da mulher".
O voto no não é não desresponsabilizar a sociedade pelo destino dos filhos deste país.
O voto no não é acreditar que há outra solução.
O voto no não é lutar por uma sociedade onde o aborto não seja opção.

O voto no não é acreditar, acima de tudo, que a opção colocada a referendo não é uma solução para o problema do aborto.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Abortar ou salvar?

Na Newsletter de 4 de Fevereiro de 2007 do Não Obrigada pode ler-se:
Este episódio é atribuído a Miguel Torga (pseudónimo de Adolfo Correia Rocha), que viveu durante o século XX, e que para além de um grande escritor, era também médico).

Certo dia, estava Miguel Torga no seu consultório, quando uma senhora do campo lhe bateu à porta.
- Sr. Dr. estou desesperada! Preciso da sua ajuda! Estou outra vez grávida e não tenho hipótese de sustentar mais uma criança! Preciso que me liberte deste problema!
- Com certeza que ajudo! Afinal, eu sou médico! - Respondeu Miguel Torga.
Miguel Torga olhou para a senhora e seus filhos com um semblante sério.
Olhou nos olhos de cada um dos seus filhos. Escolheu um dos mais novos e deu-lhe a mão, trazendo-o para o seu lado. De seguida, enfrentou a senhora (Mãe) e disse-lhe:
- Pronto, já está! O seu problema está resolvido! Pode ir descansada! Eu fico com este seu filho. Assim já terá capacidade para criar mais um!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Debate da Universidade do Minho


Convido todos aqueles que possam aparecer na próxima quarta-feira, dia 7, pelas 17:00, no anfiteatro B2 do CP2 da Universidade do Minho, em Gualtar, Braga, para assistirem a um debate sobre a interrupção voluntária da gravidez, organizado pelo Movimento "Minho com Vida".

A mesa será constituída por:

Moderadora: Gisela Santos (RUM)

Oradores pelo Sim:

Prof. Joaquim Fidalgo (Movimento Cidadania e Responsabilidade)
Est. Marta Santos (Aluna de Com. Social)
Pedro Sousa (Movimento Jovens pelo Sim)


Oradores pelo Não:

Prof. Paula Faria (Movimento Independentes pelo Não)
Diogo Silva (Aluno de Negócios Internacionais)
Constantino Santos (Movimento Minho com Vida)

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Pelo que li no blogue Assim não uma senhora chamada Laura Abreu Cravo disse a 1 deFevereiro de 2007:

Desde cedo se aprende que quase todas as decisões importantes se reconduzem a uma ponderação de valores ou a uma análise casuística de custos e benefícios. Na questão do aborto parece-me que a grande colisão entre Vida e Liberdade se resolve de forma muito simples: a Liberdade (valor que prezo e acarinho tanto quanto o próximo – mesmo que o próximo seja pelo SIM) existiu no momento em que a mulher tenha decidido praticar um conjunto de actos adequados à produção daquele resultado (a gravidez). Os casos em que essa liberdade lhe tenha sido negada são legalmente consagrados como causas de exclusão da ilicitude do aborto e passíveis, eles mesmos, de enquadramento em sede de legislação penal.

A lei que temos tutela, nas três excepções contempladas, as únicas situações em que, admito, a Vida (por colisão com a vida da mãe, por violação ou por inviabilidade da vida do bebé) poderá ceder à decisão / intervenção de um terceiro.

A Liberdade- que ninguém no perfeito exercício do seu estado civilizacional pretende relativizar- não pode, contudo, servir de justificação para a banalização do atentado a um outro direito: a Vida.

Permitir o aborto, sem qualquer justificação além da vontade da mãe, até as 10 semanas, é tratar esta questão ao nível da cirurgia estética. Responder-me-ão, ultrajados, os defensores do SIM, que nenhuma mulher aborta por querer. Concedo. Se nenhuma mulher quer abortar, e este acto se apresenta como recurso possível ante um conjuntos de circunstâncias adversas, parece-me que o mais sensato será criar um conjunto de condições que permitam às mulheres fazer face a estas adversidades sem que atentem contra uma vida que é, apenas, a consequência que elas sabiam possível de uma acção que foi, afinal, “livre na causa”.
Eu concordo a 100%. Não diria melhor.

Palavras de quem sabe

A minha mãe, ao referir-se ao aborto disse qualquer coisa como: "se o aborto ganhar vai ser abortos por aí até mais não" e "vai haver médicos a ganhar dinheiro como lixo".

Apesar de só ter a 2ª classe, diz algumas coisas certas.

Pensem e digam que não é verdade.

Será assim?

Resolvi ir ao site do assimnao. Fui à secção do "Sabia que" e encontrei alguns factos curiosos.

Um deles é que "Em 2005 houve 73 casos, e não milhares, de mulheres atendidas na sequência de abortos clandestinos". Apesar de podermos dizer que há mulheres que não vão ao hospital pela vergonha ou medo, ou acabam por morrer sem terem ido ao hospital, ou então aparecem noutros números, é de admitir, por extrapolação destes números, que os casos de complicações são reduzidos.

"O número de abortos clandestinos está calculado em 1800 por ano". É apenas uma estimativa, mas será sempre baseada em alguns dados e factos. Fica, assim, longe dos 20000 estimados segundo alguns movimentos do sim.

"62% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares superiores a 65.000 euros por ano" e "6% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares inferiores a 7000 euros". Estamos, então, a falar de um elevadíssimo número de mulheres com rendimentos elevados e de um reduzido número com rendimentos baixos. Será que são mesmo as mulheres de fracos recursos que irão recorrer ao aborto?

"Em 2005, a média de filhos por casal foi de 1,5, tendo-se registado apenas 109.000 nascimentos, permanecendo abaixo do nível de renovação das gerações (2,1)". Com a liberalização do aborto podemos vir a assistir a um ainda menos número de nascimentos, o que colocará, a médio/longo prazo, problemas demográficos ainda maiores. O aborto não será, na situação actual, a solução, mas certamente irá ajudar.

"Em todo o mundo, o aborto sem invocar qualquer razão é permitido em 22 de um total de 193 países". São uma clara minoria.

Queremos um país onde o aborto acaba por ser praticado, na sua maioria, por mulheres com elevados rendimentos? Devemos vir a ser um dos poucos países onde o aborto seja livre?

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Tertúlia no Café Vianna

Hoje, às 21h no Café Vianna, na Avenida Central, em Braga.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Ronald Reagon disse...

"I've noticed that everybody that is for abortion has already been born."

traduzindo: "Reparei que todos aqueles que são a favor do aborto já nasceram."

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

10 ideias para esclarecer

1- Qual a questão quando se fala de despenalização do aborto?
Com este referendo, pretende-se saber se os portugueses concordam ou não com a liberdade total para abortar até às 10 semanas, mesmo sem o consentimento do homem.

2- Mas querem que as mulheres que abortam vão para a cadeia?
Não! Há mais de 30 anos que nenhuma mulher vai para a cadeia por ter abortado e a ida a Tribunal (já muito rara) evita-se sem ter que mudar a lei.

3- Dizem que o feto ainda não é pessoa e por isso não tem direitos…
Dentro da mãe não está de certo um animal ou uma planta, está um ser humano em crescimento com todas as suas características em potência desde o momento da concepção.

4- E os problemas da mulher?...
A solução dos problemas dum ser humano não pode passar pela morte doutro ser humano. A mulher em dificuldade precisa de ajuda positiva para a sua situação.

5- Mas a mulher não tem o direito de usar livremente o seu corpo?
Não se trata de usar o seu corpo, mas de dispor do corpo de outro.

6- E quanto à questão da saúde da mulher que aborta?
Legal ou ilegal, o aborto representa sempre um risco e um traumatismo físico e psicológico para a mulher.

7- E quando a mulher não tem condições económicas para criar um filho?
A generalidade das mulheres que praticam o aborto pertence às classes sociais favorecidas, logo, não o fazem por razões de ordem económica. Além disso, se não existem condições económicas para criar os filhos, é porque os políticos não têm apostado na criação de condições favoráveis à Família, situação que urge alterar.

8- Mas a despenalização não obriga ninguém a abortar…
Está provado que a despenalização torna o aborto mais aceitável na mentalidade geral, e por isso mesmo leva na prática ao aumento do número de abortos.

9- Porque se propõem prazos para o aborto legal?
Não há nenhuma razão científica, ética ou mesmo lógica para qualquer prazo. É totalmente absurdo que se proponha a liberdade para abortar com prazo marcado: a vida humana não conhece prazos!

10- O aborto é só um problema religioso ou abrange os direitos do Homem?
Independentemente das convicções religiosas, o aborto ataca os Direitos do Homem e estes emanam do primordial direito à vida, desde a concepção até à morte natural. Assim, o direito à vida é inquestionável e nem deveria ser referendável.

Convite para palestra/debate em Braga

Com a presença de Maria José Nogueira Pinto e Zita Seabra, amanhã dia 30, pelas 21h no auditório do IPJ - Rua de Santa Margarida, em Braga.



Organização: Minho com Vida

domingo, 28 de janeiro de 2007

Para pensar

O não segundo Gandhi

Um “não” dito com convicção é melhor e mais importante que um “sim” dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações.
(Gandhi)

sábado, 27 de janeiro de 2007

Arrependidos

Se em Portugal a questão é despenalizar, nos EUA a maioria dos americanos deseja que o aborto seja ilegal. É o que se pode concluir de uma sondagem publicada pela CBS News.

Entretanto em Ribeirão, concelho de Vila Nova de Famalicão, a conclusão foi que "O Aborto Não é Solução". O médico Sérgio Alcino referiu que enquanto que enquanto que conhece mulheres que se arrependeram de fazer o aborto, não conhece mulheres que se arrependeram de levar o aborto até ao fim.

Novamente nos EUA, a mulher que é considerada a "Pioneira do aborto", Norma McCorvey, arrependeu-se e não abortou. Foi por causa dela que há 34 anos se abriram as portas através de uma decisão do Supremo Tribunal, que a autorizava a abortar, à descriminalização do aborto nos EUA. Acontece que, apesar de ser conhecida com pioneira, arrependeu-se e não fez o aborto, sendo que se converteu numa defensora da Vida. “Foi lamentável o dia em que o Supremo Tribunal Americano permitiu que as mulheres assassinassem os seus filhos”, comenta Norma McCorvey.

Liberalizar o aborto é inconstitucional

Segundo o conhecido constitucionalista Jorge Miranda, integrado num grupo de 42 professores de direito, a lei que emanar do referendo, em caso de vitória do sim, será inconstitucional, uma vez que não existe nenhuma realidade, admissível segundo a constituição portuguesa, que justifique colocar em causa a vida humana, ao contrário da lei de 1984, em que era ponderado o direito à saúde e dignidade da mulher.

Lembre-se que no artigo 24º da constituição portuguesa está dito que «a vida humana é inviolável».

Jorge Miranda afirmou ainda que se a intenção do legislador fosse a de despenalizar, «nem valeria a pena levar a questão a referendo», já que, na prática é o que acontece.

Jorge Miranda referiu ainda que, apesar de estarmos numa sociedade plural, pelo facto de uma parte achar que o aborto deve descriminalizado «essa parte não pode impor à outra que considere que um mal, um ilícito seja liberalizado».

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Existe? Então mude-se a lei

Uma das frases mais comuns nos defensores do não é:

O aborto clandestino existe - é urgente mudar a lei.

Esta foi proferida pelo PCP.

No blogue do não encontrei uma resposta a este argumento dada por João Vacas, que leva a pensar se o sim no referendo, logo a liberalização do aborto, é a solução para o problema.
Seguindo a mesma lógica, atrevemo-nos a sugerir mais umas quantas:

O excesso de velocidade existe - é urgente mudar a lei.
A contrafacção existe - é urgente mudar a lei.
O tráfico de droga existe - é urgente mudar a lei.
A violência doméstica existe - é urgente mudar a lei.
O roubo por esticão existe - é urgente mudar a lei.
A fuga ao fisco existe - é urgente mudar a lei.
O abuso sexual existe - é urgente mudar a lei.
A caça furtiva existe - é urgente mudar a lei.
O proxenetismo existe - é urgente mudar a lei.
A pesca ilegal existe - é urgente mudar a lei.
O terrorismo existe - é urgente mudar a lei.
A corrupção existe - é urgente mudar a lei.
O Código Penal existe - é urgente mudar a lei.

Se não abortassem...

Mais um que me chamou a atenção.
Trata-se de um testemunho de uma psicóloga que lidou com mulheres grávidas que pensavam em abortar.

Deixo algumas frases, mas aconselho a lerem o resto do texto, principalmente os apoiantes do sim.
Então, se o aborto não é uma coisa boa, positiva e desejável por ninguém, porquê insistir em torná-lo num acto legalizado? Onde estará o sentido desta legalização? Com a mesma está a proteger-se quem? As mães dos bebés a abortar?

Posso dizer, da experiência que foi alguma, que, sem excepção, todas as mães que, por terem sido ajudadas, decidiram não interromper a gravidez, chegaram ao final da mesma com um estado de espírito completamente diferente daquele que tinham no início. Talvez a palavra que melhor caracterize este sentimento seja satisfação. Estas mães, por muitos problemas pessoais, sociais ou económicos que tivessem, acolheram os seus filhos com grande satisfação. Por os terem tido, mas, acima de tudo, o sentimento lactente era o de, afinal, não ter sido necessário interromper o desenvolvimento da vida de cada um deles!
in Blogue do não.

Norte pela Vida em Famalicão - discurso

Chamou-me à atenção este discurso de António Meireles:
"Se é verdade que nunca em Portugal uma mulher foi presa por abortar, também é verdade que não há conhecimento de nenhum julgamento em que estivesse em causa a realização de um aborto até ás 10 semanas.

Assim é fácil depreender que o que está em causa não é a mulher ser ou não julgada ou presa é isso sim um tremendo atentado aos Direitos Humanos."
Leia o resto do artigo e do discurso no Norte Pela Vida (sublinhado meu)

A VIDA

A VIDA é uma oportunidade, aproveite-a.
A VIDA é beleza, admire-a.
A VIDA é felicidade, saboreie-a.
A VIDA é um sonho, torne-a realidade.
A VIDA é um desafio, enfrente-o.
A VIDA é um dever, cumpra-o.
A VIDA é um jogo, jogue-o.
A VIDA é preciosa, cuide dela.
A VIDA é uma riqueza, conserve-a.
A VIDA é amor, goze-o.
A VIDA é um mistério, descubra-o.
A VIDA é promessa, cumpra-a.
A VIDA é tristeza, supere-a.
A VIDA é um hino, cante-a.
A VIDA é uma luta, aceite-a.
A VIDA é uma aventura, arrisque-a.
A VIDA é felicidade, mereça-a.
A VIDA é a VIDA, defenda-a.

Madre Teresa de Calcutá

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Esclarecimento sobre a lei actual

Mais uma descoberta.

Em 1984 legalizou-se o aborto em Portugal, mas os prazos dessa lei foram alargados em 1997. Nesse ano tornou-se legal abortar por razões de saúde da mãe até às 12 semanas ou até aos 9 meses no caso de perigo de morte ou grave lesão para esta, até às 24 semanas (6 meses) no caso de deficiência do feto, até às 16 semanas no caso de violação.

O referendo de 2007 propõem que a mulher possa abortar até às 10 semanas nos hospitais e em clínicas privadas, com os serviços pagos pelos nossos impostos, sem ter que dar qualquer razão (por não estar satisfeita com o sexo do bebé, por exemplo), e inclusivamente contra vontade do pai da criança.

De facto, trata-se duma legalização e liberalização do aborto.

Descobrimos esta resposta no site da Assoc. Portuguesa de Famílias Numerosas.

in Sou a Favor da Vida

Porquê o aborto

Encontrei esta posição que reflecte aquilo que eu penso sobre a questão:
Podia fazer a cruzinha no "não" por defender a vida. Mas não é só por isso que digo "não" ao aborto, ou interrupção voluntária da gravidez.
Digo "não" porque existem várias formas de impedir uma gravidez indesejada. E a maioria destes métodos contraceptivos são conhecidos.
Agora, se um homem e uma mulher têm relações sem protecção, das três uma. Ou pretendem ter prazer máximo, ou querem um filho ou estão embriagados.(se fosse violação a lei já permite o aborto).
Então, para quê referendar isto? Decidir abortar só porque não se tomaram precauções? Ou porque não se pode estar grávida no emprego? Ou porque o "apetite" de ter um filho mudou?Que raio é isto?
Matar... só a pensar em si própria. Mulheres... vocês têm dentro de vós o espirito materno... O aborto custa... não sofram por isso...Evitem-no...
in Huum e tal... NÃO

O Sou Pelo Não

Caros leitores,

Aproxima-se em Portugal o referendo sobre a despenalização o aborto até às 10 semanas de gestação do feto.

Não quero ser um sujeito passivo nesta questão que é de suma importância na sociedade portuguesa, por várias razões, sendo uma questão fracturante na sociedade portuguesa.

Já tenho falado no meu blogue sobre esta questão, mas creio que esta questão e a minha causa justifica um blogue só sobre esta questão.

Quero, com a criação deste blogue, criar um espaço onde se debata, mas principalmente, eu apresente as razões razões do não, quer a nível pessoal, quer referenciando outras informações online, ou offline.

Não quero que este espaço seja só meu, pelo que se alguém estiver interessado em contactar-me para se juntar a este blogue pode fazê-lo. Só há 2 requisitos: ser pelo não e saber mexer na ferramenta blogger.

Também não pretendo acabar com este blogue com o fim do referendo. Sabendo que, independentemente da escolha dos portugueses no referendo, o debate não acabará, vou deixar o blogue vivo, tal como espero que se deixem os fetos vivos em resultado do referendo.