domingo, 4 de fevereiro de 2007

Será assim?

Resolvi ir ao site do assimnao. Fui à secção do "Sabia que" e encontrei alguns factos curiosos.

Um deles é que "Em 2005 houve 73 casos, e não milhares, de mulheres atendidas na sequência de abortos clandestinos". Apesar de podermos dizer que há mulheres que não vão ao hospital pela vergonha ou medo, ou acabam por morrer sem terem ido ao hospital, ou então aparecem noutros números, é de admitir, por extrapolação destes números, que os casos de complicações são reduzidos.

"O número de abortos clandestinos está calculado em 1800 por ano". É apenas uma estimativa, mas será sempre baseada em alguns dados e factos. Fica, assim, longe dos 20000 estimados segundo alguns movimentos do sim.

"62% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares superiores a 65.000 euros por ano" e "6% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares inferiores a 7000 euros". Estamos, então, a falar de um elevadíssimo número de mulheres com rendimentos elevados e de um reduzido número com rendimentos baixos. Será que são mesmo as mulheres de fracos recursos que irão recorrer ao aborto?

"Em 2005, a média de filhos por casal foi de 1,5, tendo-se registado apenas 109.000 nascimentos, permanecendo abaixo do nível de renovação das gerações (2,1)". Com a liberalização do aborto podemos vir a assistir a um ainda menos número de nascimentos, o que colocará, a médio/longo prazo, problemas demográficos ainda maiores. O aborto não será, na situação actual, a solução, mas certamente irá ajudar.

"Em todo o mundo, o aborto sem invocar qualquer razão é permitido em 22 de um total de 193 países". São uma clara minoria.

Queremos um país onde o aborto acaba por ser praticado, na sua maioria, por mulheres com elevados rendimentos? Devemos vir a ser um dos poucos países onde o aborto seja livre?

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